Com sintomas leves a moderados que duram pelo menos 2 anos, a distimia é um transtorno depressivo crônico que se caracteriza pelo humor depressivo persistente.
A saúde mental desempenha um papel fundamental na qualidade de vida de qualquer pessoa. No entanto, muitas vezes, os desafios emocionais podem ser silenciosos e prolongados, passando despercebidos até mesmo por quem os vivencia. É importante reconhecer como as alterações no estado emocional podem impactar as relações pessoais, o desempenho profissional e até a percepção de si mesmo.
Compreender essas mudanças e buscar ajuda especializada é um passo essencial para recuperar o equilíbrio e o bem-estar. A distimia, por exemplo, é um transtorno que afeta o humor de maneira persistente e prolongada, impactando drasticamente a vida do indivíduo afetado, muitas vezes sem que a pessoa perceba a presença do problema. Entenda melhor a seguir.
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O que é distimia?
A distimia, também chamada de transtorno depressivo persistente (TDP), é uma forma crônica de depressão caracterizada por um estado de humor continuamente deprimido que dura pelo menos 2 anos. Embora os sintomas sejam menos intensos do que os da depressão maior, eles podem ser igualmente debilitantes devido à sua persistência ao longo do tempo.
Essa condição pode gerar sentimentos constantes de tristeza, desânimo e baixa autoestima, afetando a vida cotidiana, as relações interpessoais e o desempenho em diversas atividades. Por ser de longa duração, a distimia muitas vezes é confundida com traços da personalidade, dificultando o reconhecimento e a busca por tratamento adequado.
O que causa a distimia?
A distimia pode ser causada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Embora suas causas exatas ainda não sejam completamente compreendidas, há algumas associações conhecidas que ajudam a explicar seu surgimento.
Entre as principais causas da condição, estão:
- Herança genética;
- Desequilíbrios nos níveis de neurotransmissores;
- Histórico de traumas, abuso emocional ou físico e negligência na infância;
- Padrões de pensamento negativo, baixa autoestima e dificuldades para lidar com adversidades;
- Condições médicas específicas, como problemas hormonais ou neurológicos.
Sintomas da distimia
A distimia apresenta sintomas menos intensos do que a depressão maior, mas a sua longa duração pode ter um impacto significativo na qualidade de vida.
Entre os principais sinais, estão:
- Presença na maior parte dos dias de sentimentos constantes de tristeza, vazio ou desânimo;
- Baixa autoestima;
- Cansaço frequente, mesmo para realizar atividades cotidianas simples;
- Alterações no sono;
- Dificuldade de concentração;
- Apatia e desmotivação;
- Irritabilidade;
- Alterações no apetite.
Por serem sintomas que podem parecer leves, muitas pessoas com distimia acreditam que essas manifestações fazem parte da sua personalidade ou rotina, adiando a busca por tratamento.
Como é feito o diagnóstico da distimia?
O diagnóstico da distimia (ou transtorno depressivo persistente) é realizado por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou um psicólogo, por meio de uma avaliação detalhada que considera aspectos clínicos, emocionais e sociais do paciente.
O profissional deverá coletar informações sobre os sintomas (a sua duração, a intensidade e o impacto deles no dia a dia). Além disso, devem ser investigados episódios anteriores de depressão, histórico familiar de transtornos mentais e possíveis fatores de risco, como traumas ou estresse prolongado.
Em tempo, o diagnóstico da condição demanda que o paciente se enquadre em critérios específicos, tais como a presença de humor deprimido na maior parte do tempo por pelo menos 2 anos. Por fim, também é necessário descartar outras causas que possam explicar os sintomas.
Tratamento da distimia
O tratamento da distimia é geralmente multifacetado e multidisciplinar e pode envolver uma combinação de abordagens terapêuticas com o objetivo de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O tratamento é personalizado de acordo com a gravidade dos sintomas, o histórico médico do paciente e as suas preferências. As principais opções de tratamento incluem:
- Psicoterapia;
- Uso de medicação;
- Mudanças no estilo de vida;
- Adoção de técnicas de relaxamento, como a meditação e o mindfulness;
- Apoio social;
- Tratamentos complementares, como acupuntura.
Como lidar e apoiar alguém com distimia?
Lidar e apoiar alguém com distimia pode ser desafiador, pois a condição é crônica e as suas manifestações podem ser sutis, mas é possível oferecer um suporte valioso e positivo.
Entre as principais formas de ajudar, estão:
- Escutar sem fazer julgamentos ou dar conselhos precipitados;
- Ser paciente e compreensivo;
- Oferecer ajuda prática em tarefas diárias;
- Estimular o tratamento;
- Promover um ambiente positivo, incentivando atividades que tragam prazer e relaxamento, como hobbies, exercício físico ou momentos de lazer;
- Manter-se disponível, mas respeitando os limites;
- Informar-se sobre a distimia;
- Promover a busca por ajuda profissional.
Perguntas frequentes
Confira as respostas para algumas das principais perguntas relacionadas à distimia.
A distimia pode ser curada?
Embora a distimia seja uma condição crônica, ela pode ser gerida de forma eficaz com tratamento adequado. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e proporcionar um controle duradouro da condição.
Como diferenciar a distimia da tristeza comum?
A tristeza comum é uma reação normal a eventos difíceis e seus sintomas geralmente desaparecem com o tempo. A distimia, por sua vez, é uma forma crônica de depressão, com sintomas persistentes por mais de 2 anos. A tristeza pode ser momentânea, enquanto a distimia afeta profundamente o humor e a funcionalidade da pessoa, impactando atividades cotidianas e a qualidade de vida de forma duradoura.
A distimia pode evoluir para depressão maior?
Sim, a distimia pode evoluir para depressão maior em alguns casos. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar e tratar esses sintomas.
Para saber mais a respeito da distimia, entre em contato e agende uma consulta no Instituto Sanapta.
Fontes: