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Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM): o que é e como tratar?

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM): o que é e como tratar?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM): o que é e como tratar?

Forma mais grave da síndrome pré-menstrual causa sintomas físicos e emocionais muito mais intensos

As mudanças hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual mexem com o emocional da mulher, o que pode desencadear reações físicas e comportamentais. Em alguns casos, esses sintomas podem ser extremamente intensos e incapacitantes, a ponto de interferir negativamente na qualidade de vida das pacientes.

O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é um distúrbio relacionado à menstruação, considerado uma forma mais grave da síndrome pré-menstrual, conhecida popularmente como TPM, que afeta tanto o bem-estar físico quanto mental.

O que é transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)?

O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é uma forma grave e menos comum da síndrome pré-menstrual, uma condição que afeta cerca de 3% a 8% das mulheres em idade reprodutiva. Os sintomas da TPDM começam cerca de 10 dias antes da menstruação e tendem a desaparecer logo após o início do fluxo menstrual. Basicamente, são os mesmos apresentados na TPM, com a diferença de serem muito mais intensos.

O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) envolve sintomas emocionais mais graves, como depressão, irritabilidade intensa e ansiedade, que podem ser debilitantes ao ponto de atrapalhar as relações pessoais, o trabalho e as atividades cotidianas em geral.

Por que acontece?

As causas exatas do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) ainda não são completamente compreendidas, mas sabe-se que as oscilações hormonais, principalmente de estrogênio e progesterona, afetam o equilíbrio dos neurotransmissores, como a serotonina, que regula o humor. Outros neurotransmissores, como a dopamina, também podem ser afetados pelas flutuações hormonais, contribuindo para sintomas de depressão e ansiedade.

Portanto, as mulheres que sofrem de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) são mais sensíveis às variações desses hormônios. No entanto, as causas dessa maior sensibilidade não estão bem estabelecidas, mas estudos indicam que fatores genéticos podem contribuir para essa condição.

Quais são os sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)?

O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) causa sintomas físicos e psíquicos, sendo bastante intensos. Dentre os principais, podemos citar:

  • Alterações de humor acentuadas;
  • Desesperança e tristeza;
  • Irritabilidade extrema ou raiva com sensação de nervos à flor da pele;
  • Alterações no sono e no apetite;
  • Ansiedade ou tensão severa;
  • Falta de energia e fadiga;
  • Dores de cabeça;
  • Inchaço abdominal
  • Sensibilidade e dor nos seios;
  • Inchaço nas pernas.

Como é feito o diagnóstico?

Devido a semelhanças e intensidade dos sintomas emocionais, o TPDM pode ser confundido com outros transtornos, tais como ansiedade e depressão. A diferença é que sintomas de quadros depressivos são prolongados e persistem por várias semanas a meses, enquanto as manifestações do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) surgem alguns dias antes da menstruação e aliviam com o início do fluxo menstrual.

O diagnóstico do TDPM pode ser realizado pelo ginecologista ou psiquiatra, com base em uma avaliação detalhada dos sintomas e do histórico clínico da paciente. O médico pode pedir à paciente que mantenha um diário dos seus sintomas ao longo de dois ou três ciclos menstruais para confirmar se as manifestações seguem um padrão cíclico relacionado ao ciclo menstrual.

Além disso, podem ser solicitados exames para descartar outras condições que possam estar causando os sintomas, como depressão ou transtorno de ansiedade generalizada. O diagnóstico de TDPM é confirmado quando pelo menos cinco dos sintomas característicos, sendo um deles um sintoma psíquico, estão presentes e interferem significativamente na vida da mulher.

Como tratar o TDPM? 

O tratamento do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais de cada paciente.

Os casos mais leves podem ser tratados sem a necessidade de medicamentos, apenas com algumas mudanças no estilo de vida, como adoção de uma alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos e técnicas de relaxamento da mente e do corpo. Nesse sentido, ioga, meditação e acupuntura são práticas que podem reduzir o estresse e aliviar os sintomas.

Nos casos mais graves, os medicamentos antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), podem ser eficazes no alívio dos sintomas emocionais. Contraceptivos hormonais também podem ser usados para estabilizar as oscilações hormonais e, em alguns casos, até medicações que interrompem o ciclo menstrual.

Tratamento complementar focado na acupuntura

Estudos mostram que a acupuntura pode ajudar a aliviar os sintomas emocionais e físicos associados ao transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), como a ansiedade, a depressão, as dores de cabeça e o inchaço. A acupuntura estimula a produção de neurotransmissores, como serotonina e endorfina, que têm efeitos positivos sobre o humor e a dor.

A vantagem da acupuntura é que, além de ser um tratamento natural, não apresenta os efeitos colaterais comuns dos medicamentos. No entanto, sua recomendação, assim como outras terapias para o transtorno, é individualizada e feita de acordo com a avaliação de cada caso.

Para saber mais sobre o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), entre em contato e agende uma consulta no Instituto Sanapta.

Fontes:

Manual MSD

Associação Brasileira de Psiquiatria