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Transtorno do espectro autista (TEA): o que é, causas, sintomas e tratamentos

Transtorno do espectro autista (TEA): o que é, causas, sintomas e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Transtorno do espectro autista (TEA): o que é, causas, sintomas e tratamentos
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição caracterizada por desafios na comunicação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio de neurodesenvolvimento que afeta uma parte significativa da população mundial, com um impacto considerável na vida das pessoas e suas famílias.

A cada dia, mais se entende sobre os desafios e as necessidades específicas de indivíduos com essa condição, o que tem levado ao desenvolvimento de novas abordagens e estratégias para promover sua inclusão e bem-estar.

O TEA pode se manifestar de maneiras variadas, o que torna cada caso único, exigindo intervenções personalizadas que ajudem no desenvolvimento social, comunicativo e comportamental. A crescente conscientização sobre o transtorno do espectro autista tem levado à implementação de políticas públicas e ações sociais voltadas para o apoio a esses indivíduos, suas famílias e profissionais de saúde.

Saiba mais a seguir!

O que é o transtorno do espectro autista?

O transtorno do espectro autista é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades em áreas como comunicação social, comportamentos repetitivos e padrões restritos de interesses. Ele se manifesta de maneiras variadas, o que significa que os sintomas e a intensidade podem ser diferentes de uma pessoa para outra, formando um "espectro" que abrange desde manifestações leves até mais graves.

Indivíduos com TEA podem ter dificuldades em compreender normas sociais, interagir de forma convencional com outras pessoas e lidar com mudanças na rotina. Além disso, podem demonstrar interesses ou atividades restritas e intensamente focados, como fixação por determinados temas ou comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou bater as mãos.

Causas e fatores de risco

As causas exatas do transtorno do espectro autista ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais desempenhe um papel importante em seu desenvolvimento. Pesquisas sugerem que anomalias no desenvolvimento do cérebro e a interação entre genes e fatores externos podem influenciar o surgimento do transtorno.

Estudos indicam que o TEA tende a ocorrer com mais frequência em famílias com histórico de outros transtornos neuropsiquiátricos, o que sugere uma predisposição genética.

Embora não exista um único gene responsável pelo TEA, mutações genéticas e a interação de vários genes podem aumentar o risco. Irmãos de crianças com TEA têm maior probabilidade de também apresentar o transtorno.

Além disso, embora não haja uma causa única ambiental, alguns fatores podem influenciar o desenvolvimento do transtorno do espectro autista. A exposição a certas substâncias durante a gestação, como álcool e medicamentos, além de complicações durante o parto, podem ser fatores de risco.

Em resumo, o desenvolvimento do TEA parece ser influenciado por uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, mas a ciência ainda está em busca de uma compreensão mais detalhada sobre como esses fatores contribuem para a manifestação do transtorno.

Sintomas do TEA

Os sintomas do transtorno do espectro autista variam amplamente de uma pessoa para outra, mas geralmente envolvem dificuldades em duas áreas principais: comunicação social e comportamentos repetitivos ou interesses restritos. Esses sintomas podem se manifestar de diferentes maneiras, desde formas leves até mais graves, e geralmente aparecem antes dos 3 anos de idade.

Entre os sintomas mais comuns associados ao TEA, estão:

Dificuldades de comunicação social

  • Dificuldade em iniciar e manter conversas com outras pessoas;
  • Dificuldade em entender ou usar expressões faciais, gestos e linguagem corporal;
  • Pouco interesse em interações sociais ou dificuldades em formar amizades;
  • Dificuldade em entender normas sociais, como esperar a vez em uma conversa ou entender piadas e sarcasmo;
  • Falta de reciprocidade social, como não demonstrar interesse em compartilhar ou expressar emoções de forma típica;

Comportamentos repetitivos e interesses restritos

  • Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, bater as mãos ou seguir rotinas rígidas;
  • Resistência a mudanças na rotina ou ambiente;
  • Foco intenso e restrito em determinados interesses, como uma obsessão por um tema específico;
  • Interesse por objetos ou atividades de maneira atípica, como alinhar brinquedos de forma obsessiva.

Dificuldades sensoriais

  • Reações excessivas ou inusitadas a estímulos sensoriais, como luzes fortes, sons altos, texturas ou sabores;
  • Comportamentos de evitar ou buscar estimulação sensorial, como cobrir os ouvidos ao ouvir sons ou se fixar em objetos brilhantes.

Além desses sintomas, é importante destacar que muitos indivíduos com transtorno do espectro autista podem apresentar habilidades excepcionais em áreas específicas, como memória, música, matemática ou habilidades visuais. No entanto, a intensidade e a combinação desses sintomas podem variar significativamente de pessoa para pessoa.

Diagnóstico do transtorno do espectro autista

O diagnóstico do transtorno do espectro autista é baseado na observação dos sintomas comportamentais e no histórico de desenvolvimento da criança. Não existe um exame médico específico, como um exame de sangue ou imagem, para diagnosticar o TEA.

Em vez disso, o diagnóstico é geralmente realizado por profissionais de saúde, como pediatra, psicólogo, psiquiatra ou neurologista, com base em critérios estabelecidos, como os do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e outras ferramentas de avaliação.

O processo de diagnóstico geralmente envolve as seguintes etapas:

  • Avaliação clínica detalhada do histórico de desenvolvimento da criança, incluindo a linguagem, a comunicação, a socialização e o comportamento;
  • Conversa com os pais ou cuidadores sobre os marcos de desenvolvimento e a observação de possíveis sinais de autismo;
  • Observação comportamental da criança em diferentes situações para identificar padrões típicos do TEA;
  • Testes de triagem e avaliações padronizadas que ajudam a medir o grau de comprometimento social, comunicativo e comportamental da criança;
  • Exclusão de outras condições que apresentam sintomas semelhantes.

O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite a implementação de intervenções adequadas que ajudam no desenvolvimento da criança, melhorando suas habilidades sociais, comunicativas e cognitivas.

Como é o tratamento do TEA?

É importante destacar que o TEA não é uma doença, mas sim uma condição neurodiversa, ou seja, uma forma diferente de processamento do cérebro. Assim, o tratamento não tem como objetivo "curar", mas sim promover o desenvolvimento e a inclusão social, respeitando as particularidades de cada pessoa.

Nesse sentido, o tratamento do transtorno do espectro autista visa proporcionar suporte e estratégias para ajudar o indivíduo a desenvolver suas habilidades sociais, comunicativas e cognitivas, melhorando sua qualidade de vida. O tratamento deve ser altamente individualizado, pois as necessidades e os desafios de cada pessoa com TEA variam significativamente.

As principais abordagens incluem:

  • Terapias comportamentais para reforçar comportamentos positivos e ensinar habilidades importantes, como comunicação, habilidades sociais e habilidades de vida diária;
  • Terapias de linguagem e comunicação para ajudar no desenvolvimento da fala, compreensão e expressão verbal e não verbal;
  • Terapias ocupacionais para ajudar a melhorar a coordenação motora, habilidades sensoriais e a capacidade de realizar atividades diárias de maneira mais independente;
  • Intervenções educacionais para promover o aprendizado e o desenvolvimento acadêmico;
  • Em casos específicos, uso de medicamentos para controlar sintomas associados, como irritabilidade, dificuldades de concentração, ansiedade ou comportamentos agressivos;
  • Terapias complementares, como acupuntura, para trazer bem-estar e equilíbrio ao paciente;
  • Apoio a pais e familiares também é essencial.

O tratamento do transtorno do espectro autista envolve, portanto, um conjunto de abordagens personalizadas e colaborativas, adaptadas à necessidade de cada pessoa, com foco na maximização de suas potencialidades e na promoção de sua autonomia e inclusão na sociedade. O acompanhamento contínuo ao longo da vida é importante, já que as necessidades podem mudar com o tempo.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e converse com os especialistas do Instituto Sanapta.

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde;

Manual MSD;

Rede D’Or São Luiz.