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Transtornos neurocognitivos: o que são e como identificá-los

Transtornos neurocognitivos: o que são e como identificá-los
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Transtornos neurocognitivos: o que são e como identificá-los?
Condições que afetam as funções cognitivas do cérebro, como memória, atenção e raciocínio

Os transtornos neurocognitivos são um grupo de condições que envolvem alterações significativas nas funções mentais de uma pessoa, afetando a maneira como ela percebe, pensa e age. Essas alterações podem se manifestar de forma gradual ou súbita, afetando diferentes aspectos do funcionamento diário, como memória, atenção, linguagem e habilidades executivas.

Em um mundo no qual as expectativas sobre a saúde mental e cognitiva estão em constante mudança, compreender os transtornos neurocognitivos e suas implicações é fundamental para promover a inclusão e o suporte adequado a indivíduos que enfrentam essas dificuldades. Saiba mais a seguir!

O que são os transtornos neurocognitivos?

Os chamados transtornos neurocognitivos são um grupo de condições que afetam as funções cognitivas do cérebro, como memória, percepção, raciocínio, atenção e linguagem. Esses transtornos podem resultar em déficits significativos que comprometem a capacidade de uma pessoa de realizar tarefas cotidianas e interagir com o ambiente de maneira adequada.

Os sintomas podem surgir de forma gradual ou súbita, dependendo da causa subjacente, e a gravidade varia de leves dificuldades cognitivas a déficits profundos que necessitam de cuidados intensivos.

Todo declínio cognitivo é um transtorno?

Não. O declínio cognitivo pode ocorrer naturalmente com o envelhecimento, sem ser necessariamente um transtorno. Por exemplo, algumas dificuldades cognitivas leves, como esquecimentos ocasionais ou redução da velocidade de processamento de informações, podem ser normais em idosos.

A diferença chave está na gravidade do declínio e no impacto funcional que ele causa, com os transtornos neurocognitivos resultando em uma perda mais severa e impactante da capacidade cognitiva.

Quais são os transtornos neurocognitivos?

Os transtornos neurocognitivos mais comuns são:

Demência

A doença de Alzheimer é a mais comum entre as demências, sendo caracterizada por um declínio gradual da memória, pensamento e habilidades sociais, frequentemente com alterações comportamentais. Há, ainda, a demência vascular (causada por problemas no fornecimento de sangue ao cérebro, levando a déficits cognitivos e de funcionamento em várias áreas) e a demência frontotemporal (envolve uma degeneração das áreas frontais e temporais do cérebro, afetando principalmente o comportamento, a personalidade e a linguagem).

Transtorno neurocognitivo traumático

Causado por impactos físicos no cérebro (como em acidentes ou quedas), resultando em dificuldades cognitivas temporárias ou permanentes, dependendo da gravidade da lesão.

Transtornos neurocognitivos relacionados ao uso de substâncias

O uso prolongado de substâncias, como álcool ou outras drogas, pode levar a déficits cognitivos, como dificuldades de memória e capacidade de julgamento.

Transtornos neurocognitivos relacionados a doenças infecciosas

Algumas infecções, como aquelas causadas por HIV ou sífilis, podem afetar o cérebro, resultando em um declínio cognitivo progressivo e severo.

Transtornos neurocognitivos relacionados a condições médicas

Distúrbios como diabetes, insuficiência renal, disfunções hormonais e alterações hepáticas podem afetar o cérebro e causar declínio cognitivo, resultando em dificuldades de memória, concentração e outras funções.

Transtorno neurocognitivo associado ao envelhecimento

Embora não seja considerado um transtorno neurocognitivo formal, o declínio cognitivo leve é um estágio em que a pessoa começa a ter dificuldades cognitivas, mas ainda é capaz de viver de forma independente. Esse estágio pode ser um precursor para condições mais graves, como a doença de Alzheimer.

Transtornos neurocognitivos devido a causas genéticas

Algumas condições genéticas, como a doença de Huntington, podem causar um declínio cognitivo progressivo associado à perda de habilidades motoras e comportamentais.

Existe tratamento para esses transtornos?

O tratamento para os transtornos neurocognitivos depende da causa subjacente, da gravidade do transtorno e das necessidades específicas do paciente. Embora muitos desses transtornos não tenham cura, especialmente as doenças neurodegenerativas, existem diversas abordagens terapêuticas que visam aliviar os sintomas, retardar a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida e, em alguns casos, proporcionar uma gestão dos sintomas comportamentais e emocionais.

As principais opções de tratamento incluem:

  • Uso de medicamentos para melhorar a função cognitiva e tratar sintomas comportamentais associados;
  • Para casos de declínio cognitivo causado por abuso de substâncias, o tratamento também inclui interromper o uso da substância;
  • Terapia cognitivo-comportamental;
  • Terapia ocupacional;
  • Estimulação cognitiva;
  • Tratamento de causas subjacentes, nos casos em que os transtornos neurocognitivos são causados por infecções ou condições metabólicas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico dos transtornos neurocognitivos envolve uma avaliação detalhada realizada por profissionais de saúde, como neurologistas ou psiquiatras. Inicialmente, o médico faz uma entrevista com o paciente e seus familiares para entender os sintomas e o histórico médico. Em seguida, é realizado um exame físico e neurológico para verificar sinais de problemas no sistema nervoso.

Testes neuropsicológicos são usados para avaliar funções cognitivas, como memória, atenção e linguagem. Exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, podem ser solicitados para identificar danos cerebrais ou outras anomalias. Além disso, exames laboratoriais ajudam a detectar condições médicas que possam estar contribuindo para o declínio cognitivo. O processo de diagnóstico também envolve a exclusão de outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como transtornos psiquiátricos.

Qual profissional procurar?

Para o diagnóstico e tratamento de transtornos neurocognitivos, o profissional mais indicado para iniciar a avaliação é o psiquiatra, especialmente se houver suspeita de causas emocionais ou comportamentais associadas. O psiquiatra é fundamental no diagnóstico e pode prescrever medicamentos para controlar sintomas como ansiedade, depressão ou agressividade, além de identificar possíveis comorbidades psiquiátricas.

Além do psiquiatra, outros profissionais podem ser envolvidos, como o neurologista, que avalia condições neurológicas e solicita exames de imagem, e o neuropsicólogo, que realiza testes para avaliar as funções cognitivas. O tratamento também pode contar com a colaboração de terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, dependendo das necessidades específicas do paciente.

Um médico com conhecimento em metodologias complementares, como acupuntura, também pode exercer papel essencial na administração dos sintomas dos transtornos neurocognitivos e na promoção da qualidade de vida dos pacientes. O Instituto Sanapta é um centro de saúde mental que oferece todos esses tratamentos, conduzidos por profissionais especializados e comprometidos.

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Fontes:

Instituto Sanapta