Aspectos comportamentais do TDAH
Os aspectos comportamentais do TDAH incluem dificuldades de atenção, impulsividade e hiperatividade, que afetam o desempenho em atividades cotidianas
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica caracterizada por dificuldades persistentes de atenção, impulsividade e, em muitos casos, hiperatividade. Esse transtorno é comumente diagnosticado na infância, embora possa persistir na vida adulta. As causas da condição envolvem uma interação complexa de fatores genéticos, neurológicos e ambientais, sendo que suas manifestações podem variar de pessoa para pessoa.
Os aspectos comportamentais do TDAH são fundamentais para o entendimento do transtorno e seus efeitos no cotidiano dos indivíduos. A impulsividade, a dificuldade em manter a atenção por períodos prolongados e a tendência a agir sem pensar são algumas das características mais evidentes. Esses comportamentos podem se manifestar de diferentes formas, como desatenção a detalhes, interrupções frequentes nas conversas, inquietude e até atitudes precipitadas. Entenda melhor a seguir!
Quais são os aspectos comportamentais do TDAH?
Os aspectos comportamentais do TDAH podem variar de uma pessoa para outra, mas, em geral, incluem dificuldades em três áreas principais: atenção, impulsividade e hiperatividade. Esses comportamentos impactam o cotidiano do indivíduo e podem se manifestar de diferentes maneiras:
Desatenção
Indivíduos com TDAH frequentemente demonstram dificuldade em manter o foco em tarefas, especialmente aquelas que exigem atenção por um longo período. Isso pode se traduzir em erros de descuido, procrastinação, dificuldades em organizar atividades e esquecer compromissos ou detalhes importantes. Muitas vezes, esses indivíduos parecem "desconectados" ou distraídos, mesmo em situações em que se espera que estejam atentos.
Impulsividade
A impulsividade é um dos aspectos mais marcantes do TDAH. Ela se manifesta em comportamentos como interromper os outros, falar sem pensar ou tomar decisões precipitadas sem considerar as consequências. Isso pode levar a dificuldades nas interações sociais e em contextos profissionais ou acadêmicos, além de aumento do risco de comportamentos de risco, como agir sem avaliar adequadamente a situação.
Hiperatividade
Embora nem todos os indivíduos com TDAH apresentem um nível alto de hiperatividade, muitos experimentam uma sensação de inquietação constante. Em crianças, isso pode se manifestar como dificuldade em permanecer sentado por longos períodos, correr ou saltar excessivamente, ou ter uma energia excessiva em atividades cotidianas. Nos adultos, a hiperatividade pode se apresentar de forma mais sutil, como uma sensação interna de agitação ou dificuldade para relaxar.
Como funciona o diagnóstico diferencial do TDAH?
O diagnóstico diferencial do TDAH é um processo complexo que envolve a exclusão de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Isso é importante, pois diversos transtornos têm características que podem ser confundidas com os aspectos comportamentais do TDAH, como desatenção, impulsividade e hiperatividade.
O diagnóstico do TDAH geralmente começa com uma avaliação clínica abrangente, na qual são coletadas informações sobre o histórico médico e comportamental do paciente. Além disso, é importante avaliar o início e a persistência dos sintomas, que devem estar presentes por pelo menos seis meses e afetar negativamente as atividades diárias do indivíduo.
Para excluir outras condições médicas ou psicológicas que possam gerar sintomas semelhantes aos do TDAH, como a ansiedade, a depressão, o transtorno de aprendizagem, a esquizofrenia, o transtorno de conduta, o transtorno bipolar, o transtorno de personalidade e até condições médicas como problemas de audição ou distúrbios do sono.
Por fim, são utilizados critérios específicos como os definidos pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que incluem a presença de um número significativo de aspectos comportamentais do TDAH em diferentes contextos (como na escola, no trabalho e em casa), e a interferência desses sintomas nas atividades diárias.
Qual profissional procurar para tratamento do TDAH?
O psiquiatra desempenha um papel central no tratamento do TDAH, prescrevendo medicamentos e avaliando as comorbidades, ou seja, outros transtornos que podem coexistir com a condição. A compreensão dos aspectos comportamentais do TDAH é essencial para o psiquiatra, pois ele ajuda a guiar o tratamento adequado, levando em consideração o impacto dos sintomas no cotidiano do paciente.
O psiquiatra também se responsabiliza por monitorar os efeitos colaterais e a eficácia dos tratamentos, realizando ajustes quando necessário. Além desse profissional, o TDAH geralmente exige uma abordagem multidisciplinar para um tratamento completo e eficaz.
Isso significa que outros profissionais também podem ser envolvidos para lidar com as diversas dimensões do transtorno. É o caso do psicólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional e outros especialistas que podem ajudar a melhorar a organização e as habilidades motoras do paciente.
Um médico especializado em acupuntura também pode ser uma opção valiosa na abordagem multidisciplinar. Isso porque a acupuntura tem sido considerada como uma excelente opção terapêutica para complementar o tratamento de sintomas do TDAH, especialmente em relação à ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Como funciona o tratamento de TDAH?
O tratamento deste transtorno geralmente envolve uma combinação de medicação e intervenções específicas para lidar com os aspectos comportamentais do TDAH. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar os efeitos da medicação e ajustar o tratamento conforme necessário.
Além da medicação, as abordagens terapêuticas comportamentais como terapia cognitivo-comportamental (TCC) desempenham um papel crucial no tratamento do TDAH. Intervenções específicas, como estratégias de manejo comportamental, são empregadas para ajudar os indivíduos a lidarem com os aspectos comportamentais do TDAH em ambientes como escola, trabalho e casa.
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Fontes:
Biblioteca Virtual em Saúde
Manual MSD
Instituto Sanapta