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Síndrome do impostor: o que é, quem pode ter e como tratar

Síndrome do impostor: o que é, quem pode ter e como tratar
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Síndrome do impostor: o que é, quem pode ter e como tratar

Ansiedade, insegurança e dúvidas em relação à própria capacidade são alguns dos indicativos da síndrome do impostor

Sentir ansiedade, insegurança e um certo receio, principalmente quando estamos diante de situações novas e responsabilidades maiores, é algo normal e inerente à natureza humana. Esses sentimentos se tornam um problema quando passam a ser constantes e a pessoa tem a sensação de não ser boa o suficiente, mesmo quando fatos e evidências demonstram o contrário.

Esse é o sentimento de quem apresenta a chamada síndrome do impostor, um fenômeno que atinge uma parcela significativa da população e pode afetar o desempenho profissional, acadêmico e até mesmo interpessoal.

O que é a síndrome do impostor?

Apesar de a síndrome do impostor não ser considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um transtorno psicológico, o fenômeno vem sendo cada vez mais discutido por especialistas em saúde mental devido ao seu impacto emocional e psicológico em indivíduos de todas as áreas.

A síndrome do impostor tem esse nome porque a pessoa, apesar de ser bem-sucedida em suas ações, acredita ser uma fraude e que suas conquistas são resultados de sorte, circunstâncias ou engano, e não de seus próprios méritos e competências. Ainda que a pessoa tenha sucesso evidente, como promoções no trabalho, boas notas acadêmicas ou conquistas pessoais, ela sente que é uma fraude e vive com medo de ser descoberta como impostor a qualquer momento.

Essa sensação de insegurança em relação às próprias capacidades é acompanhada de uma resistência a aceitar elogios ou reconhecimentos, o que desperta sentimentos de desqualificação dos feitos pessoais e não merecimento.

Quais são os sinais e sintomas da síndrome do impostor?

A síndrome do impostor pode se manifestar de diferentes maneiras, dependendo do indivíduo e do contexto em que ele se encontra. Como o paciente com a síndrome tem medo de ser “descoberto” a qualquer momento, a condição pode desencadear sintomas, como ansiedade, angústia, estresse e depressão.

Tudo isso gera um ciclo perigoso de autossabotagem, pois a pessoa sente medo constante de falhar e começa a evitar situações em que ela acha que será avaliada e criticada, perdendo oportunidades.

Esses comportamentos podem ser difíceis de serem identificados sem a ajuda de um profissional de saúde mental, mas alguns sinais comuns que podem indicar a síndrome do impostor são:

  • Procrastinação de tarefas para evitar falhas;
  • Perfeccionismo em excesso;
  • Necessidade de se esforçar demais no trabalho para provar que é capaz ou para justificar suas conquistas;
  • Dificuldade em aceitar feedbacks positivos e elogios;
  • Autocrítica excessiva;
  • Querer agradar a todos para alcançar a aprovação;
  • Comparação constante com outras pessoas, o que gera o sentimento de inferioridade e de que não é bom o bastante.

Quais são as causas da síndrome do impostor?

Não existe uma causa específica para a síndrome do impostor, por isso dizemos que é uma condição multifatorial, resultado de uma combinação de diferentes fatores, que podem incluir:

  • Pressão social em ambientes competitivos que pode alimentar a sensação de que nunca se é bom o suficiente;
  • Histórico de famílias que valorizam muito o sucesso e estigmatizam o fracasso;
  • Histórico pessoal de baixa autoestima;
  • Vivência em ambientes nos quais o reconhecimento vem apenas com realizações extraordinárias.

Como é feito o diagnóstico da síndrome do impostor?

Ainda que a síndrome do impostor não seja classificada como um transtorno psicológico, profissionais de saúde mental, tais como o psiquiatra ou psicólogo, podem identificar a condição ao observar os padrões de pensamento, comportamento e sintomas do paciente.

Durante o processo de avaliação, o profissional pode usar questionários e testes psicológicos, como a Escala do Fenômeno Impostor de Clance (CIPS) ou a Escala do Fenômeno Impostor de Harvey (EFIH). Além disso, o profissional também pode investigar o histórico de vida do paciente, o ambiente em que vive e suas experiências profissionais e pessoais para entender melhor as causas subjacentes do sentimento de inadequação.

Existe um tratamento para síndrome do impostor?

A síndrome do impostor pode ser um sintoma de outros sofrimentos psicológicos que a pessoa apresenta, como ansiedade e depressão. Por isso, é necessário identificar as origens da insegurança do paciente que servem de gatilho para a síndrome para direcionar a um tratamento individualizado, de acordo com as causas do problema.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, pode ajudar a modificar os padrões de pensamento disfuncionais que alimentam o sentimento de ser uma fraude. A terapia ajuda o paciente a reconhecer e desafiar seus pensamentos autocríticos, além de desenvolver formas mais realistas e saudáveis de interpretar suas conquistas.

Para saber mais sobre a síndrome do impostor, assim como formas de tratamento personalizadas, entre em contato e agende uma consulta no Instituto Sanapta.

Fontes:

Organização Mundial da Saúde

Faculdade de Medicina UFMG