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TDAH e TOD: diferenças, sintomas e tratamentos

TDAH e TOD: diferenças, sintomas e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por dificuldades de atenção e impulsividade, enquanto o TOD é um transtorno comportamental marcado por desobediência e hostilidade em relação a figuras de autoridade

Nos últimos anos, o aumento no número de diagnósticos relacionados a dificuldades de atenção, impulsividade e comportamentos disruptivos tem gerado uma crescente preocupação sobre como entender e tratar essas condições. Entre as condições que mais têm chamado a atenção, estão o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD).

TDAH e TOD são duas condições frequentemente associadas a dificuldades de controle emocional e comportamental, mas com causas, manifestações e abordagens terapêuticas distintas. Compreender essas condições é essencial não apenas para o diagnóstico correto, mas também para oferecer suporte adequado e estratégias que melhorem a qualidade de vida dos indivíduos que lidam com esses desafios diariamente.

O que é o TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta a capacidade do indivíduo de manter a atenção, controlar impulsos e regular a atividade motora. Esse transtorno é caracterizado por sintomas como dificuldade de concentração, inquietude, impulsividade e, em muitos casos, hiperatividade, que podem prejudicar o desempenho escolar e profissional e as relações sociais.

A causa exata do TDAH ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que fatores genéticos e neurológicos desempenhem um papel importante em seu desenvolvimento. O transtorno pode ser diagnosticado a partir da observação dos sintomas e da exclusão de outras condições.

O que é o TOD?

O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é um transtorno de comportamento caracterizado por padrões persistentes de desobediência, hostilidade e comportamento desafiador em relação a figuras de autoridade, como pais, professores e outros adultos. Crianças e adolescentes com TOD frequentemente exibem atitudes de provocação, irritabilidade, resistência a regras e conflitos frequentes com autoridades, como gritar, desafiar ou desobedecer a instruções.

Embora as causas exatas do TOD não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que fatores genéticos, ambientais e psicológicos desempenham um papel no seu desenvolvimento. Além disso, o transtorno pode surgir em conjunto com outras condições, como TDAH, ansiedade ou depressão.

Relação e diferenças entre TDAH e TOD

TDAH e TOD são dois transtornos que frequentemente compartilham alguns sintomas semelhantes, especialmente em crianças e adolescentes, como impulsividade, dificuldade de seguir regras e problemas de controle emocional. Ambos podem resultar em dificuldades significativas no ambiente escolar e nas interações sociais e, muitas vezes, ocorrem simultaneamente, o que torna o diagnóstico e o tratamento mais desafiadores.

No TDAH e TOD, o comportamento desafiador e a dificuldade em se adaptar a normas sociais são comuns, mas as causas e os focos dos sintomas são distintos. A principal diferença entre os dois transtornos está nas suas características e origens.

O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta a capacidade de concentração, controle de impulsos e regulação da atividade motora, muitas vezes, associado à hiperatividade. Já o TOD é essencialmente um transtorno comportamental, no qual o foco está na oposição ativa, desobediência e hostilidade em relação a figuras de autoridade, com menos ênfase na dificuldade de atenção ou impulsividade.

Enquanto o TDAH pode levar a comportamentos impulsivos devido à dificuldade de foco, o TOD envolve uma atitude mais consciente de desafio e desrespeito às regras estabelecidas, muitas vezes motivada por frustração ou uma necessidade de controle.

Diagnóstico de TDAH e TOD

O diagnóstico de TDAH e TOD envolve uma avaliação clínica detalhada, realizada por profissionais qualificados, como psicólogos e psiquiatras. No caso do TDAH, o diagnóstico é baseado na observação dos sintomas, que devem estar presentes por, pelo menos, seis meses e se manifestar em mais de um ambiente, como em casa e na escola. Os profissionais também utilizam questionários e entrevistas com os pais, professores e, em alguns casos, com o próprio paciente, para avaliar o comportamento em diferentes situações. Em alguns casos, testes neuropsicológicos podem ser aplicados para avaliar a capacidade de atenção e memória do indivíduo.

Já o diagnóstico de TOD é baseado em uma avaliação clínica dos comportamentos do paciente. Os sintomas, como desobediência, hostilidade e resistência a figuras de autoridade, devem estar presentes por pelo menos seis meses e não devem ser explicados por outros transtornos, como o TDAH ou distúrbios de ansiedade. Além disso, é necessário avaliar a intensidade e a frequência desses comportamentos, que devem ser mais graves do que o comportamento típico para a faixa etária da criança.

Tratamento para TDAH e TOD

O tratamento para o TDAH e TOD geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapias comportamentais, intervenções psicopedagógicas e, em alguns casos, medicação. O objetivo é ajudar os indivíduos a gerenciarem seus sintomas, melhorar sua qualidade de vida e promover um desenvolvimento saudável.

No tratamento do TDAH, a abordagem mais comum inclui o uso de medicamentos psicoestimulantes que ajudam a melhorar a concentração e reduzir a hiperatividade. Além da medicação, a terapia comportamental é frequentemente usada para ensinar habilidades de organização, controle de impulsos e estratégias para lidar com as dificuldades de atenção. A intervenção psicopedagógica também pode ser importante, especialmente para crianças, a fim de adaptar o ambiente escolar às necessidades do paciente e melhorar o desempenho acadêmico.

Por outro lado, o tratamento do TOD foca principalmente em estratégias de modificação comportamental, que incluem o reforço positivo de comportamentos adequados e a disciplina para reduzir a resistência a regras e a desobediência. A terapia cognitivo-comportamental é muito eficaz no tratamento do TOD, ajudando a criança ou o adolescente a desenvolver habilidades de regulação emocional e resolução de conflitos.

Além disso, o envolvimento da família é essencial, uma vez que o apoio dos pais e a criação de um ambiente estruturado e previsível são fundamentais para o sucesso do tratamento. Em alguns casos, o tratamento de TOD pode incluir medicação, especialmente se houver comorbidades, como ansiedade ou depressão.

Para saber mais sobre TDAH e TOD, ter acesso a um diagnóstico adequado ou tirar dúvidas sobre o tema, entre em contato e converse com os profissionais do Instituto Sanapta.

Fontes:

Manual MSD;

Hospital Albert Einstein.