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Transtornos psicóticos: causas, tipos e tratamentos

Transtornos psicóticos: causas, tipos e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Transtornos psicóticos: causas, tipos e tratamentos

Transtornos psicóticos são condições mentais caracterizadas pela distorção da realidade

Os transtornos psicóticos representam um dos desafios mais complexos no campo da saúde mental, afetando profundamente a percepção da realidade e a capacidade de funcionamento de um indivíduo. Esses transtornos podem se manifestar de diversas formas e intensidades, trazendo um impacto significativo para os indivíduos e para as pessoas que convivem com eles.

O entendimento desses transtornos é crucial para desenvolver estratégias eficazes de tratamento e suporte, promover a recuperação e garantir uma melhor qualidade de vida. Neste contexto, explorar os aspectos gerais dos transtornos psicóticos, bem como suas características e suas implicações, é essencial para ampliar a compreensão e melhorar a abordagem terapêutica.

O que são transtornos psicóticos?

Os transtornos psicóticos são um grupo de condições mentais caracterizadas por uma distorção significativa da percepção da realidade. Indivíduos com este tipo de transtorno frequentemente experimentam sintomas que afetam a forma como interpretam o mundo ao seu redor e interagem com ele.

Esses transtornos podem manifestar-se de várias maneiras e variar em intensidade, mas geralmente envolvem uma combinação de sintomas, como alucinações, delírios e pensamentos desorganizados. Os transtornos psicóticos podem impactar severamente a vida social, ocupacional e pessoal do indivíduo, tornando o diagnóstico e o tratamento precoces cruciais.

Como age uma pessoa com transtorno psicótico?

Uma pessoa com algum tipo de transtorno psicótico pode exibir uma variedade de comportamentos e sintomas que refletem a gravidade e o tipo específico de transtorno que está experimentando. Esses comportamentos podem afetar significativamente a maneira como interagem com os outros e como funcionam no cotidiano.

Entre os principais comportamentos que podem ser apresentados por indivíduos com transtornos psicóticos estão:

  • Alucinações e delírios;
  • Comunicação incoerente ou difícil de seguir, na qual a pessoa fala de maneira desconexa, mudando de um tópico para outro sem lógica aparente;
  • Dificuldade em realizar tarefas diárias e cumprir responsabilidades;
  • Comportamentos inesperados ou inapropriados para a situação, como reações emocionais desproporcionais ou comportamento errático;
  • Comportamentos não convencionais, como realizar rituais incomuns ou fazer ações que parecem sem propósito;
  • Redução da capacidade de expressar emoções, resultando em uma aparência facial neutra ou falta de resposta emocional a eventos importantes;
  • Falta de motivação;
  • Tendência ao isolamento social;
  • Dificuldade em comunicar pensamentos e sentimentos de maneira clara, causando mal-entendidos e conflitos nas interações sociais;
  • Comportamento impulsivo ou agitado, que pode resultar em ações imprevisíveis e potencialmente prejudiciais;
  • Agitação física;
  • Sensação constante de perseguição, levando a comportamentos defensivos.

Esses comportamentos podem variar amplamente entre indivíduos e dependem do tipo específico de transtorno psicótico que o afeta. O impacto desses sintomas pode ser profundo e afetar a capacidade da pessoa de manter uma vida funcional.

O que causa os transtornos psicóticos?

Os transtornos psicóticos são condições complexas e multifacetadas, e suas causas não podem ser atribuídas a um único fator. Em vez disso, eles geralmente resultam de uma combinação de fatores biológicos, genéticos, ambientais e psicossociais. Entre as principais causas dessas alterações, estão:

  • Fatores genéticos;
  • Desequilíbrios nos neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor e da percepção;
  • Alterações na estrutura e na função cerebral, como anomalias no córtex pré-frontal ou nos sistemas límbicos;
  • Experiências estressantes, como trauma psicológico, eventos adversos ou estresse prolongado;
  • Abuso de substâncias como drogas recreativas;
  • Complicações durante a gravidez, o parto ou o período neonatal, como infecções, desnutrição ou hipóxia;
  • Problemas no desenvolvimento cerebral durante a infância e a adolescência;
  • Presença de transtornos mentais como transtorno bipolar e transtorno esquizofreniforme;
  • Alterações hormonais.

Principais sinais e sintomas

Os transtornos psicóticos são caracterizados por uma série de sinais e sintomas que afetam profundamente a percepção da realidade e a funcionalidade do indivíduo. A seguir estão os principais sinais e sintomas associados a esses transtornos:

  • Ouvir vozes ou sons que não têm uma fonte externa real, ver coisas que não estão presentes ou sentir toques ou cheiros inexistentes;
  • Crença de que está sendo seguido, espionado ou perseguido por alguém ou algo;
  • Crença exagerada em relação às próprias habilidades, poder ou importância, como achar que tem poderes especiais ou uma missão especial;
  • Crenças infundadas de que outras pessoas têm intenções hostis ou estão conspirando;
  • Discurso incoerente e dificuldade de raciocínio;
  • Ações inadequadas, excêntricas, imprevisíveis ou inapropriadas;
  • Comportamento agitado;
  • Redução na expressão emocional;
  • Problemas de memória e atenção;
  • Dificuldades em planejar, organizar e tomar decisões;
  • Comportamentos impulsivos ou perigosos.

Quais os tipos de transtornos psicóticos?

Existem variados tipos de transtornos psicóticos, cada um com características e sintomas específicos. Os principais são:

  • Esquizofrenia: transtorno crônico e severo caracterizado por sintomas psicóticos persistentes, como alucinações, delírios, pensamento desorganizado e comportamento desorganizado;
  • Transtorno esquizofreniforme: apresenta sintomas semelhantes aos da esquizofrenia, mas com duração menor, geralmente de um a seis meses;
  • Transtorno esquizoafetivo: caracteriza-se pela combinação de sintomas psicóticos e sintomas de um transtorno de humor (depressivo ou bipolar);
  • Transtorno delirante: tem como principal característica a presença de delírios persistentes, que são crenças falsas que permanecem firmemente arraigadas apesar da evidência em contrário;
  • Transtorno psicótico induzido por substância: tem sintomas causados diretamente pelo uso de substâncias, como drogas recreativas, medicamentos ou intoxicação;
  • Transtorno psicótico devido a outra condição médica: neste caso, os sintomas psicóticos são causados por uma condição médica subjacente, como uma doença neurológica ou um distúrbio metabólico;
  • Transtorno psicótico breve: episódio psicótico que dura pelo menos um dia, mas menos de um mês. Pode ser desencadeado por estresse extremo ou trauma;
  • Transtorno psicótico compartilhado: este é um transtorno raro em que uma pessoa com um transtorno psicótico induz sintomas psicóticos em outra pessoa próxima, geralmente a partir de uma crença delirante compartilhada.

Possíveis tratamentos para transtornos psicóticos

O tratamento dos transtornos psicóticos é multidisciplinar e geralmente envolve uma combinação de abordagens para gerenciar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e ajudar os indivíduos a retomar suas atividades diárias. Entre os principais métodos de tratamento, estão:

  • Administração de medicamentos;
  • Psicoterapia;
  • Terapia familiar;
  • Treinamento de habilidades sociais, facilitando a reintegração em atividades diárias e relacionamentos;
  • Programas de reabilitação;
  • Participação em grupos de apoio;
  • Em situações de crise, pode ser necessária intervenção imediata para garantir a segurança do indivíduo e estabilizar sintomas severos. Isso pode incluir hospitalização temporária para tratamento intensivo e avaliação;
  • Tratamento de outras condições existentes;
  • Educação sobre o transtorno e as estratégias de manejo para os sintomas;
  • Estratégias de autocuidado, como adoção de uma dieta equilibrada, prática regular de exercício físico e sono adequado.

Cada indivíduo pode responder de maneira diferente aos tratamentos, e a abordagem ideal muitas vezes envolve uma combinação dessas estratégias, adaptadas às necessidades específicas do paciente.

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Fontes:

Manual MSD;

Instituto Sanapta.